Rio Grande do Sul

MOVIMENTO SINDICAL

Policiais civis do Rio Grande do Sul decidem paralisar por 48 horas nos dias 8 e 9 de agosto

Categoria busca negociação com governo após mais de um ano sem promoções e cinco anos com reposição salarial de 6%

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A paralisação foi aprovada na última terça-feira pelo Conselho de Representantes do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm) - Foto: UGEIRM/Divulgação

Entidades representativas da Polícia Civil se reuniram nesta quinta-feira (20) e decidiram pela convocação de uma paralisação unificada de 48 horas, nos dias 8 e 9 de agosto. Foi entregue ao Chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, a deliberação sobre a paralisação assim como a pauta de reivindicações. Durante o encontro, as entidades solicitaram ao delegado a intermediação junto ao governo estadual para que haja uma negociação.

Já na última terça-feira (18), o Conselho de Representantes do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm) havia aprovado a paralisação. Conforme apontam as entidades a paralisação tem como objetivo tenta pressionar o governo do estado a abrir uma negociação efetiva com os Policiais Civis após mais de um ano sem promoções e cinco anos com reposição salarial de 6%. Assim como a reforma do IPE que confisca parte dos salários dos Policiais Civis.

O sindicato também aponta a atuação da base do governo que vem tentando barrar a tramitação do Projeto de Lei (PL) do deputado Leonel Radde (PT), que busca a paridade e integralidade para profissionais que ingressaram na corporação até 2020. 

Segundo os representantes das entidades, a negociação com o Executivo estadual chegou a um impasse, sem o atendimento das principais reivindicações da categoria. Entre esses pontos, destacam-se a reposição salarial, a publicação das Promoções, o resgate da simetria salarial entre os Comissários de Polícia e os Capitães da BM e o apoio do governo ao PL 04/2023, que resgata a Paridade e a Integralidade aos policiais que ingressaram após 2015.

“Nos dias 8 e 9 de agosto vamos parar as nossas atividades e ir para as ruas dialogar com a população. Se o governo se nega a negociar com o sindicato, não nos resta outra alternativa a não ser pedir o apoio da sociedade, que reconhece o trabalho de excelência prestado pelos policiais civis. Estaremos na frente das Delegacias de Polícia e diante do Palácio da Polícia conversando com a população, explicando os motivos da paralisação e pedindo o apoio à nossa luta. Vamos paralisar a Polícia Civil em todo o estado mostrando que nosso trabalho tem valor e precisa ser respeitado”, expõe o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz. Ele pontua que a entidade passou todo o primeiro semestre tentando o diálogo, apresentando as reivindicações da categoria. 


Edição: Katia Marko