Rio Grande do Sul

Evento Virtual

Webinar discute o papel do Estado e das transnacionais no contexto da covid-19

Sob um olhar feminista, evento promove debate sobre os impactos da pandemia, em especial na vida das mulheres

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ato também resgatará a história e ações movidas pela Articulação - Reprodução

A Articulação Feminismo Popular promoverá, na próxima quarta-feira (14), às 19h30, um debate virtual para problematizar o papel do Estado e das transnacionais que encontram, no contexto da covid-19, formas ainda mais nefastas de acumulação de capital e exploração da classe trabalhadora, com maior impacto na vida das mulheres. Formada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, pela Marcha Mundial das Mulheres e pelo Amigos da Terra, a articulação também debaterá o papel das mulheres que estão na linha de frente da resistência e da solidariedade. A transmissão ocorre em parceria com o Brasil de Fato RS e a Rede Soberania.

Unidas desde junho do ano passado, a articulação tem o objetivo de potencializar as ações de solidariedade às mulheres de algumas comunidades de Porto Alegre, como forma de atenuar o aprofundamento do empobrecimento das famílias, e formar frente a um governo inerte que aceita o genocídio de seu povo. “Desde o início da pandemia são as organizações sociais que têm realmente se mobilizado para que não falte comida na mesa das famílias mais pobres, a maioria chefiada por mulheres. Foram kits de higiene, cestas básicas, refeições, agasalhos no inverno e brinquedos no dia das crianças e natal. Solidariedade de classe que vai da arrecadação de alimentos e itens de higiene, até a produção de marmitas e distribuição nos diversos territórios localizados no perímetro urbano. Vivemos um cenário que nos aterroriza, mas não nos imobiliza”, pontua a articulação. 

As ações iniciaram com a aquisição e distribuição de cestas com alimentos arrecadados entre a militância ou fornecidas por parceiros como o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e o Movimento Sem Terra (MST), que beneficiaram mais de 200 famílias. O projeto pretende construir, em conjunto com a população local dos territórios de atuação da Marcha Mundial de Mulheres e do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), dois espaços de hortas comunitárias: uma no Morro da Cruz e outra na Ocupação Povo Sem Medo, localizada na zona norte de Porto Alegre. Assim como fazer o fortalecimento da cozinha comunitária da Ocupação.

“As iniciativas integram a compreensão de necessidade de construção de autonomia alimentar e construção de caminhos que respeitem o bem viver comunitário, frente aos impactos da pandemia, associado às políticas de austeridade de orientação ultra-neoliberal temos presenciado o aprofundamento das desigualdades e o colapso do Sistema Único de Saúde (SUS), sobretudo nas populações em maior grau de vulnerabilidade, das quais se encontram grande parte as mulheres”, destacam. 

Resgate da história

A articulação também visa fortalecer o debate sobre a conjuntura excludente e desigual que vive o país, assim como jogar luz sobre o olhar feminista deste quadro de exclusão. Para tanto vem denunciando os avanços das políticas neoliberais e os impactos vida das mulheres. Em novembro de 2020, integraram a organização da Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo, em que se reuniram movimentos sociais e organizações de base para marcar posicionamento sobre o avanço dos projetos de morte e a importância de lutar por um projeto radicalmente democrático e popular. A ação ocorreu em Porto Alegre e outras cidades do Brasil e da América Latina, no dia 19 de novembro.

Serviço

O quê: Webinar da articulação Feminismo Popular – Qual o papel do Estado e das transnacionais no contexto da COVID-19? Como as mulheres estão na linha de frente da resistência e da solidariedade?

Quando:  14 de abril – às 19h30

Onde: nas redes do Brasil de Fato RS, Rede Soberania e facebook da MMM, ATBr e MTST


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Edição: Marcelo Ferreira